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Mamonas Assassinas - O Filme

Confesso que relutei em assistir ao filme sobre essa banda meteórica, que não aceitei quando surgiu. As músicas eram grosseiras, com palavrões, e eu ensinava minha filha pequena, de três anos, que não se falava nada daquilo.

Mas a alegria da banda, misto de moleques e palhaços, tomou conta do rádio, da TV e da mídia em 1995. Como evitar? Em plenas tardes de sábados e domingos eles enchiam as telas. E eu cedi. E gostei. E ri muito.

O filme mostra essa trajetória, o produtor musical responsável, Rick Bonadio, os problemas enfrentados, e a primeira banda, Utopia. Que não deu muito certo, mas os tornou "mundialmente conhecidos em Guarulhos", como dizia Dinho (Ruy Brissac) ao seu pai.

Com atores muito semelhantes ao grupo, Sérgio (Rhener Freitas), Samuel (Adriano Tunes), Júlio (Robson Lima) e Bento (Alberto Hinoto) nos mostram que os Mamonas ainda vivem. No nosso imaginário, nas lembranças que transmitimos aos nossos filhos e nas músicas criadas.

Na sala do cinema, muitas famílias e crianças. Que cantaram juntas e abraçaram o filme com carinho. Difícil não se envolver. Afinal, eles conquistaram o amor de todos no País.

Um filme que mostra toda a energia da banda, e sua incrível ascensão, principalmente nas cenas que simulam os trezentos shows. Sendo o último o mais impressionante. Dinho, em Brasília, faz um poderoso discurso sobre sonhos, objetivos e que o impossível não existe. Momento mágico.

A turnê terminou, era o último dia dos oito meses de sucesso total, com venda de cerca de dois milhões de cópias. Eles iriam para casa, descansar um pouco. Mas quis o destino que, entre a madrugada do dia 2 para o dia 3 de março de 1996, a aeronave em que estavam se chocasse contra a Serra da Cantareira, em São Paulo. E o Brasil chorou.

Por sorte, essas cenas não aparecem e são apenas citadas. No cinema vemos imagens reais da banda em shows. E a gente sai devagar, com boas lembranças.

É uma opção para mostrar aos filhos. Para conhecer um pouquinho mais. Vale a pena!

Nota: 9


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